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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Assunto Técnico - O que faz um avião voar

Porque um avião pode voar e quais os princípios do vôo e da aerodinâmica.
Os objetos em geral podem possuir diversas formas, porém existem aqueles que possuem menor resistência ao avanço do ar. Essa redução da resistência à passagem do ar (arrasto) nos objetos determina o quanto o objeto é aerodinâmico. Tomemos o exemplo de dois objetos de diferentes formatos: um cubo e um cone.

O cubo exercerá maior resistência à passagem do ar, pois tem uma grande superfície de contato direto inicial com o ar.

O cone terá menor resistência à passagem do ar, pois possui uma pequena superfície de contato direto inicial, o contato maior se dá ao longo do cone e não encontra resistência.

Resistência do Ar

Observe que o ar escoa com maior fluidez através do cone, e com maior dificuldade através do cubo, onde a superfície termina abruptamente, provocando turbilhonamento do ar.
Para que seja possível projetar um veículo que usa o ar para se locomover, é preciso que este veículo produza pouco arrasto. Assim como o capô de um carro ou o casco de um navio, o avião é todo projetado com a intenção de produzir o menor arrasto possível naquelas partes que não produzem sustentação.

Sustentação

A sustentação é baseada em alguns fatores importantes: o perfil da asa, o ângulo de ataque e a velocidade aerodinâmica.
A lei da sustentação é baseada no teorema de Bernoulli e na Equação do Escoamento. O terorema de Bernoulli diz que: "Quanto maior a velocidade de escoamento do ar, maior será a pressão dinâmica e menor será a pressão estática". A Equação do Escoamento diz que quanto mais estreito fôr o tubo de escoamento, maior é a velocidade do fluido e vice-versa.
Para efeito de explicação:

A Pressão Dinâmica é aquela produzida pelo ar em movimento. Ao chocar-se com algum objeto, esse ar vai produzir uma certa pressão. Essa é a pressão dinâmica.

Pd=1/2D x V²

onde Pd= pressão dinâmica ; D=densidade do ar ao nível de vôo ;
V= velocidade relação ao ar;

A Pressão Estática é aquela produzida pela concentração das moléculas de ar. Essa pressão, para o uso na aviação, é a pressão atmosférica.
Este teorema pode ser comprovado na prática através do tubo de Venturi. Consiste num tubo com um estreitamento no meio, onde fazemos um pequeno orifício, adaptando um canudo plástico mergulhado num copo com água.

Tubo de Venturi



Observe que o ar acelera no estreitamento (maior pressão dinâmica), provocando uma sucção no canudo (redução da pressão estática), que conseqüentemente pulveriza a água no interior do tubo. Esse sistema é muito utilizado nos carburadores de motores a explosão, onde o ar que entra é misturado ao combustível pulverizado pelo tubo de Venturi e se dirige para os tubos de admissão.
Agora que sabemos que o ar escoa mais rapidamente em superfícies mais estreitas, podemos começar a entender o que faz um avião voar. Vamos observar o perfil da asa de um avião:

Perfil da asa de um avião

Os perfis de asas podem ser de duas maneiras: Os perfis com os dois lados iguais são chamados simétricos, e são normalmente usados para os componentes da empenagem, como a deriva e os estabilizadores. Os perfis com lados de formato diferentes, assim como o da figura, são chamados assimétricos.

Os elementos de um perfil de uma asa são:

Bordo de Ataque: É a extremidade dianteira do perfil, onde o ar bate primeiro.
Bordo de Fuga: É a extremidade traseira do perfil, por onde o ar escoa e livra a asa.
Extradorso: É a superfície superior do perfil, o lado de cima.
Intradorso: É a superfície inferior do perfil, o lado de baixo.
Corda: É uma linha reta imaginária que liga o bordo de ataque ao bordo de fuga.
Linha de Curvatura Média: É a linha que separa igualmente o extradorso do intradorso.

Para entendermos a sutentação, admitimos que o ar bata a uma determinada velocidade sobre um perfil, que nesse exemplo será assimétrico. Ao atingir o bordo de ataque, o ar escoará para o extradorso ou o intradorso. Repare que o caminho a ser percorrido pelo ar no intradorso é menor que no extradorso, onde, devido a curvatura da asa, o caminho será maior.
Para constatarmos isso bastaria que pegássemos uma fita métrica e medirmos a corda de uma asa assimétrica no extradorso e no intradorso. Digamos hipotéticamente que a medição no intradorso fosse 1,24 metros. No extradorso, a medição daria 1,33 metros.
Como vimos no tubo de Venturi, ao estreitarmos o tubo de escoamento, o ar acelera. Como a asa estará envolta em ar, a camada superior àquela que escoa sobre a superfície atuará como as paredes do tubo de Venturi. Observe a figura:


Escoamento do ar

O ar, encerrado entre as camadas de ar logo acima, acelera no extradorso, enquanto a superfície reta do intradorso sofre uma aceleração mínima do escoamento. Lembrando novamente o teorema de Bernoulli, que quanto maior a pressão dinâmica, menor será a pressão estática, o resultado disso será pressão estática no extradorso menor que a pressão estática no intradorso.
Como as pressão estáticas atuam por todos os lados em todas as direções, no extradorso ela atuará de cima para baixo, e no intradorso atará de baixo para cima. Como a pressão estática no intradorso (de baixo para cima) será maior que a pressão estática no extradorso, a asa ganhará sustentação. Essa força de sustentação deverá ser igual ao peso do avião para fazê-lo voar em linha reta. Como essas forças mudam de intensidade com a mudança da velocidade do ar, essa força pode às vezes ser superior ou inferior, devendo ser compensada com mudanças no ângulo de ataque do avião.

Para efeito de explicação:

Ângulo de Ataque: são as mudanças que ocorrem no ângulo relativo de incidência do ar sobre a asa. Esse ângulo não tem a ver com a atitude da aeronave em relação ao horizonte, é apenas o ângulo formado pela corda da asa e o vento relativo que bate no bordo de ataque.

As asas simétricas possuem os dois lados iguais, então, como voam?

Vamos observar o perfil de uma asa simétrica:


As asas simétricas são muito usadas em aviões acrobáticos, pois propiciam melhor capacidade para o vôo de dorso, já que o ângulo de ataque será o mesmo que na posição normal. As asas simétricas somente proporcionam sustentação a partir de um determinado ângulo de ataque positivo. Em asas assimétricas, este ângulo é muito menor devido ao se formato.
O escoamento do ar em uma asa simétrica se dá, como falamos antes, apartir de um determinado ângulo de ataque. Veja a figura:



Ângulo de Ataque

A partir de um certo ângulo de ataque, o vento relativo passa a percorrer um caminho maior por cima do que por baixo, pois o intradorso diminui a sua área de incidência do escoamento ao passo que o extradorso aumenta a mesma. Isso produzirá a situação de sustentação. Este mesmo princípio funciona para as asas de perfil achatado ou flat (como nos shock flyers)

Logo, perceberam como não é simples o cálculo de uma boa asa? E isso que ainda existem fenômenos que variam de acordo com a velocidade do avião, como por exemplo o efeito de compressibilidade do ar, que faz a asa entrar em estol de alta velocidade quando ocorre o "overspeed". Falarei mais sobre este e outros fenômenos na semana que vem!! Abraços!

11º GIANT em ITU/SP

Eu sei que o povo aqui é mole e acaba não indo ninguém, mas vale a pena postar para divulgar!!!

domingo, 30 de maio de 2010

Carvão da Semana

Carvão??? Como assim carvão?!? Explico!!! Esse aqui foi lenhado e RE-lenhado... E depois de lenha, o próximo passo é virar carvão... Então, tá aqui a prova!! Esse é o carvão da semana! O Coiote do Wesley, que era do Reges e foi lenhado!

Olha o que dá passar com o avião na frente do Sol...
O Mais incrível, é que depois desta queda, o spinner não quebrou!! O Avião desceu de nariz, se arrebentou todo (esse não tem conserto!! Deu PT mesmo!), cavou buraco no chão mas o spinner não quebrou!!

Seção A CARA DO BRUTO SOLITÁRIO...

A cara do Pegasus do Cléber....

Fatos & Fotos deste Domingo... (30/05/2010)

Foi um fim de semana de muitos vôos na nossa pista da "M" Norte!
Agradecemos mais uma vez a todos que compareceram e voaram conosco.
Infelizmente não pude bater muitas fotos, pois tive problemas na câmera principal e mais ninguém bateu fotos, desta vez nem o Irlândio salvou o post do dia... Sorte que a câmera auxiliar tava lá pra quebrar o galho...

Informamos também que o Cláudio está bem e que sua perna irá se salvar, o médico dele (Dr. Gregory House) falou apenas que ele tem que fazer uma punção lombar,  e recomendou ainda que ele tomasse bastante Vicodin (hidrocona + paracetamol) pra diminuir a dor e fazer ele ver jatinhos amarelos com bolinhas azuis passando a noite toda... Mas como nosso amigo Cláudio não é trouxa, deixou tudo isso de lado e foi no HRT mesmo levar os 3 pontinhos na perna e já está voando conosco novamente!

Depois da piadinha infame, vamos às fotos do dia (que infelizmente foram poucas)

Assim sorri um aeromodelista de verdade quando vê seu avião pelo céu...
Esqueci de perguntar o nome deste rapaz... Mas semana que vem eu pergunto!

O Pegasus do Cléber ainda inteiro!!!

Tucano Elétrico do Tabajara... (HEIN??? TABAJARA VOANDO ELÉTRICO???!?)
Pô gente, esse tucaninho é radical... Mais radical que ele, só 1.41421356 

Reges e o AMX... Cara, esse voa MUITO...
 "Cheu tirar o rádio do meio pra sair bonito na foto"

Os aviões do Zé Carlos, prontos pra serem vendidos
(Eu ia fazer propaganda, mas deixa pra lá... :P)

Zé Carlos e um aluno, procurando o avião que caiu longe...

Visão geral da galera de hoje 1

Visão geral da galera de hoje 2

Visão geral da galera de hoje 3
 Essa saiu meio fora de foco, mas vai assim mesmo!

Infelizmente as fotos foram poucas e o post acaba aqui...

De qualquer forma, novamente agradecemos a todos os que compareceram e fica mais uma vez o convite a todos os que quiserem aparecer, voar e bater um bom papo. Nosso grupo está sempre de braços abertos a todos!

Abrações, abraços e abracinhos!!!!

isso sim é uma obra de arte !!!

http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=88968&postdays=&postorder=asc&start=0

sexta-feira, 28 de maio de 2010

JATOS NA M-NORTE

Mais uma tentativa, está pronto pra voar, desta vez vai dar tudo certo. Espero!!!!!

Coleção de Jatinhos.




Para voar sábado e Domingo.



Amanhã (29/05) e Domingo (30/05)

Mais uma vez lembrando a todos que amanhã é dia de voar!!!!
Estaremos reunidos na pista da "M" Norte a partir das 14:00


Informamos também que o Sábado será parcialmente nublado, com baixa insolação, temperatura máxima de 25º Célsius (sensação térmica 27º), vento noroeste 8Km/h (atravessado na pista, porém fraco).

A previsão do tempo para domingo é de dia ensolarado, baixa insolação, temperatura máxima de 27º Célsius (sensação térmica 31º), vento noroeste 5Km/h (atravessado ao contrário, mas bem fraco!). 

Lembramos a todos que o boné e o óculos devem ser empregados, e que levar água sempre é bom!!!

Abraços a todos e bons vôos

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dica para iniciantes (ou não...) - Manutenção periódica

Verificando os eletrônicos:



Primeiramente, faça uma checagem nos componentes eletrônicos a bordo do avião. O interior de um avião é um ambiente extremamente hostil aos componentes do rádio se não tomarmos cuidado.

Com a vibração do motor, se os componentes eletrônicos não estiverem bem protegidos, poderá ocasionar de médio a longo prazo a destruição parcial ou mesmo total dos componentes. (Pode-se usar desde espuma anti-chamas, até neoprene ou mesmo espumas usadas em estofamentos e etc.)

Nunca esqueça de proteger bem o receptor, e o conjunto de baterias com bastante espuma por todos os lados. Mas não aperte demasiado, só o suficiente para garantir que eles não se movam do local durante o vôo.

O mesmo vale também para outros componentes como governadores, sincronizadores, SOS’s, monitores de bateria, giroscópios e etc. Lembre-se que tudo que está abordo de um aeromodelo é estritamente importante ao seu funcionamento e que há de se fazer de tudo para protegê-lo contra as intempéries do tempo e é claro da vibração, óleo e etc.

Os servos também merecem especial atenção. Verifique se eles estão com as devidas borrachas de proteção em suas orelhas de fixação e se não falta nenhum parafuso, inclusive o que segura o braço de comando. Dependendo do servo ( há servos que não é bom tentar CUIDADO), gire-os a mão (rádio desligado) e com extrema delicadeza e giro suave, sem forçar, com o objetivo de detectar pontos duros, trancos, percurso assimétrico e etc.

Passando no teste, experimente testá-los agora com o rádio funcionando. Comande os servos através do transmissor, de forma bem lenta, fique atento a qualquer salto no percurso, ponto duro, travamento ou qualquer outra anormalidade que por ventura possa ser observado.

Não esqueça também de verificar como estão os braços dos servos, se não há rachaduras, nem qualquer outra irregularidade que possa vir a gerar um acidente por quebra.

Cheque tudo, olhe o estado dos fios, conectores, se não há nada descascado ou frouxo e se não há nenhum fio prendendo onde não deve, como parafusos, ou mesmo na linkagem do modelo.

Também olhe se os fios não estão se esfregando em nada pontiagudo, até mesmo nas cavernas da fuselagem, que possam com a vibração causar a quebra dos fios. Não é bom deixá-los soltos dentro do avião. Sempre procure prendê-los com presilhas ou elásticos e se possível algo que absorva as vibrações e não as passe aos fios. Isso também vale para a antena do receptor que também deve ser verificada.

Faça agora um teste de alcance do rádio de acordo com o manual do fabricante. Normalmente ( com a antena do transmissor abaixada ) os servos devem responder sem interferências, até uma distância de 25 a 30 metros.

Agora dê atenção especial ao pack de baterias. Você lembra quando o comprou? Quanto tempo? Sempre deu a carga correta nele, sem propiciar o surgimento de efeito memória? Se há qualquer dúvida, primeiramente ligue-a num ciclador de baterias e ponha-a para teste. Depois do trauma que passei, recomendo a todos que após 2 ou 3 anos no máximo, que descarte o pack (leve a alguma loja que receba esse tipo de material poluente. Jamais despeje no lixo nenhum tipo de bateria).

Não se esqueça também de verificar os conectores dela e se o fio preto não está com zinabre no conector ou qualquer coloração ( geralmente azul ) anormal. Isso também vale para o interruptor de ligação que está a bordo do avião. Se você tiver um multímetro, pode também testar se a corrente voltaica não cai abruptamente após alguns centímetros de fio, como na saída do conector que se liga ao receptor, por exemplo.

E como anda a estrutura?



Bem, rádio testado, tudo funcionando perfeitamente e nos conformes? Ótimo! Então aproveite agora para verificar a estrutura geral do avião e sua linkagem.

Primeiramente, comece olhando a fuselagem. Verifique se não há trincas ou soltas em lugares importantes e também procure por possíveis fendas ou peças descoladas de grande importância estrutural e claro qualquer outra peça que por ventura esteja quebrada, com fissuras, empenada e etc. Procure por qualquer tipo de avaria causada por fadiga devido as vibrações ou mesmo por uma pancada de moderada à forte que o avião tenha sofrido.

Se a estrutura for de varetas o cuidado deve ser redobrado. Com as vibrações, uma estrutura de varetas é a primeira a se atingir pelos esforços de uma jornada de vôos. O mesmo serve também para fuselagens de fibra de vidro ou de carbono, ou qualquer outro material composto. Verifique se nos locais onde há malhas de tecido, sejam elas de vidro ou carbono, se elas não estão quebradiças, ou prestes a estourar naquele ponto. Normalmente (depende do avião), pela pintura se vê muita coisa. Fique atento também para as uniões centrais de uma fuselagem desse tipo.

Procure também por possíveis infiltrações de óleo na estrutura do avião em geral, principalmente em reforços de asa, parede de fogo, reforço de trem de pouso e também na empenagem traseira. Mesmo que por fora a pintura possa estar linda, brilhante e como nova, por dentro, se houver infiltração de óleo, com o tempo e uso do avião, o óleo enfraquece qualquer material, inclusive a fibra em pontos de corte e emenda ou outros furos se não tomar cuidado. A madeira sofre muito mais. Por isso a recomendação é não deixar o óleo vazar por nenhum buraco na parede de fogo ou por baixo da fuselagem ou mesmo em possíveis vazamentos no tanque de combustível. Aliás, verifique ele também, principalmente a sua guarnição de borracha. O mesmo serve para as mangueiras de silicone ou tygon.

Verifique minuciosamente a parede de fogo. Também a procura de avarias que podem levar a um grave acidente se, por exemplo, a parede de fogo vir a soltar. Isso não pode ocorrer em nenhuma hipótese. Atenção similar deve ser dada aos reforços de asa, fixação das luvas de fenolite, a própria baioneta seja ela de alumínio ou de carbono ou mesmo uma asa que não seja dividida em dois painéis. Veja se o meio dela ainda é consistente e se passa confiança, faça testes de força moderada a fim de detectar qualquer ponto de fraqueza.

Não esqueça do conjunto motor (seja ele elétrico ou combustão)!



Examine-o também, a procura de sujeira no carburador, ou em qualquer outra região. Lembre-se que a sujeira é uma das maiores inimigas do nosso motor e que a areia e o pó, mesmo que impalpáveis, podem acabar com os rolamentos e o conjunto pistão e camisa. Sem falar do virabrequim com a biela. Por isso, nunca voe em lugares de muita poeira, como praias por exemplo, sem colocar um filtro no carburador ( pode-se fazer com tecido de meia-calça de mulher ).

Veja também se já não está na hora de fazer aquela tão merecida limpeza mais a fundo no motor, desmontando-o, mergulhando no metanol (na falta, gasolina também serve), escovando, lubrificando e etc. Se há alguma peça avariada também é o momento de trocá-la. Examine a hélice, verifique se não há cortes ou riscos que podem denunciar que uma possível quebra esteja por ocorrer, se há suspeita, descarte-a imediatamente e nada de voar com aquela hélice toda ralada! Hélices desbalanceadas causam vibração excessiva, desgaste prematuro dos rolamentos e até perda de potência.

Outro aspecto não menos importante é com relação ao uso de óleos do tipo After Run após cada dia de vôo. É muito importante no final de cada jornada de vôos, secar o motor completamente fazendo-o rodar com a vela ligada mas com o tanque desconectado, afim de queimar todo o combustível que ficou no interior do motor. Lembre-se que o combustível é altamente hidrofóbico, ou seja, atrai a umidade do ar, sem falar do óleo que após algum tempo vira uma verdadeira goma e pode até em alguns casos extremos e se ficar muito tempo parado, chegar a travar as peças internas do motor. A “secagem” do motor e o óleo protetor vão aumentar consideravelmente a vida útil do motor, sem falar que ele poderá ficar bons períodos parado, sem nos preocuparmos.

Nos bimotores ou mais, a atenção deve se redobrar para asa. Toda e qualquer fixação ou peça estrutural deve ser observada e estudada com o máximo de cautela e atenção. Mesmo em aviões monomotores, a asa merece sempre um cuidado especial. Uma longarina trincada, por exemplo, pode representar a perda total do seu aeromodelo, já que representa um perigo eminente de quebra da estrutura em pleno vôo.

Outros pontos importantes...

As dobradiças sejam elas de pino, de poli-fibra, ou mesmo as tradicionais de nylon, devem ser examinadas também. Certifique-se que não há acumulo de óleo na linha de deflexão das superfícies e nas próprias dobradiças. Se houver, limpe e verifique se as superfícies de comando estão bem presas.. É recomendável utilizar uma fita de vinil transparente ou mesmo de contact incolor na linha de deflexão ( por cima das dobradiças ) para se evitar o acumulo do óleo. Sem falar que isso elimina o fluxo de ar que gera o tão temido flutter entre as superfícies.

Em aviões de trem de pouso retrátil, verifique se tudo está funcionando perfeitamente, se não há vazamentos no tanque de ar ( no caso do pneumático), ou toda a ligação mecânica do sistema de acionamento. Mesmo o próprio servo que comanda o retrátil ( no caso dos mecânicos ). Verifique também se não há nenhum comando desses se roçando ou travando onde não deve. Cheque também as válvulas de pressão dos trens a ar.

A entelagem do avião também é muito importante. Mais uma vez, procure por indícios de infiltração de óleo, possíveis entradas por buracos ocasionados por desprendimento da entelagem em pontos de emendas ou mesmo por furos propriamente ditos. Já vi vários casos da entelagem sair em vôo e ocasionar a queda do avião, ou mesmo de estruturas que se tornaram imprestáveis por estarem impregnadas com óleo que penetrou por algum buraco.

Especial atenção deve ser dada aos biplanos. Verifique a correta fixação dos componentes que seguram a asa superior, como a cabana, os stais e também (se houver) os tirantes normalmente de cabos de aço que reforçam o conjunto. Em nenhuma hipótese, uma asa superior pode soltar em vôo. Já houveram casos em que o avião começou a pedir trimagem excessiva de aileron porque um dos lados da cabana ou dos stais estava soltando e etc.etc.

Por fim, falta olhar a linkagem e a empenagem do nosso modelo. As mesmas recomendações valem, quanto a parafusos soltos, links quebrados, horns, folgas na linkagem em geral, seja ela de cabos, arames, de carbono, enfim, examine absolutamente tudo. Nada deve ser esquecido e quando se tratar de linkagem, não conserte, substitua sem pensar. Um horn ou um link, jamais deve ser colado ou remendado.

Ufa! A maratona parecia interminável, mas tenho certeza que seu aeromodelo vai agradecer por isso e claro, você também não se arrependerá do que fez e poderá voar com mais tranqüilidade e segurança sabendo que seu avião está em ordem.



Ponha em mente que um aeromodelo é uma aeronave de pequeno porte e não tripulada, mas que pode causar danos gravíssimos por onde cair, não só danos e prejuízo financeiro, mas também danos à sua saúde ou a de qualquer outra pessoa que ali esteja.

Salvo raras exceções, não se esqueça que o grande responsável pelo vôo do seu aeromodelo é única e exclusivamente você. Por isso pense duas vezes antes de fazer aquele tão rápido e prático remendo. Analise com calma a situação, pare e reflita o que é melhor para cada caso. É muito melhor investir em materiais de qualidade e segurança de vôo do que arcar com os custos diretos de um acidente que pode acarretar inclusive em conseqüências penais se não for usado com o devido cuidado, seguindo as regras de sua pista ou clube.

O aeromodelismo é um hobby / esporte que demanda conhecimento, dedicação e muita responsabilidade por parte do usuário durante a operação de um aeromodelo. Por isso, curta o Hobby com responsabilidade lembrando sempre que a sua segurança e a de outras pessoas, está acima de tudo.



Um grande abraço e bons vôos!

NOVIDADES PARA SABADO E DOMINGO

A esquerda F-16 (Cláudio tbm comprou um) no meio, o já conhecido SU-27 e no canto direito, o AMX , voa muito bem, fizemos um voo nele ontem na quarta-feira, na pista da M-norte (Cláudio e REGES ) voou 100% +- 150km/h, muito arisco, do jeito que eu gosto.

Os dois jatinhos novos para voar no sábado e se sobrar alguma coisa voar tbm no domingo.

F-16 - esse ainda não voou vai ser 1. voo no sábado.


AMX - Jatinho pequeno, mais muito bravo (do jeito que eu gosto) voa com bateria de 04s. Ontem acho que ele chegou a uns 150 Km/h. pena que tenho apenas 01 bateria.



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Planta da Semana...

Este aqui pode ser feito tanto de madeira (para glow) quanto de depron (elétrico), trata-se Junk Yard Dog, um fun fly que pode ser construido tanto elétrico quanto glow... Para glow com motor .25 ele vira um 3D bonito... Quem for fazer elétrico tem que manter o tamanho e usar um motor equivalente (2528...)

Não é muito difícil de se fazer, na verdade, existem poucas partes e todas são grandes. Para glow ele deve ter a fuselagem entelada, para que o óleo não destrua a madeira. 

Este é um modelo bom, bonito, barato e fácil de se construir...


Quem quiser ampliar, basta clicar na imagem... Semana que vem vou postar a planta do F-22.

terça-feira, 25 de maio de 2010

EVENTO DE AEROMODELISMO EM SALVADOR-BA


ESSE EU TOPO IR....CONSIGO A PASSAGEM AEREA A R$ 300,00 IDA E VOLTA,


EVENTO:

I AERO WORKSHOP BAHIA 2010
Data: 2, 3 e 4 de julho de 2010

I Workshop Bahia de Aeromodelismo.Formação Técnica e Segurança de Voo.Com o objetivo de impulsionar o aeromodelismo baiano, será realizado o primeiro Workshop de Aeromodelilsmo do Estado. Um evento que vai contar com a presença de grandes representantes do aeromodelismo nacional, em palestras e demonstrações em campo, com foco na formação técnica dos aeromodelistas baiano e nordestinos.

PROGRAMAÇÃO:

02.07
18h: Abertura
19h: Palestra de Henry com o tema: Motores: Evolução e decisão. Segurança de voo - procedimentos e instalação.
21h: Perguntas e discussão geral.

03.07
9h: Dia de campo na sede do Aeroba
12h: Almoço na sede do aeroba (churrasco)
16h: Palestra com André Colla e Gugu tema: Evolução na construção, materiais, lincagens e setup.
18h: Perguntas e discussão geral.

04.07
9h: Dia de campo na sede do Aeroba
12h: Encerramento. Grupo de Samba e Churrasco.

Para maiores informações,
acessem: http://www.aeroworkshop.com.br

Enquanto isso, na oficina do Calvin...

Cliquem para ampliar

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Assunto Técnico - Futaba FASST vs JR Spektrum vs Airtronics FHSS vs XtremeLink

Sei que vou por a mão em ninho de vespas ao tratar deste assunto, mas alguém tem que falar por isso, lá vai...

Qual é a melhor tecnologia 2.4Ghz? Futaba, Spektrum, Airtronics ou Xtreme Link? Não vou citar os rádios Hitec Aurora no momento simplesmente por que ainda não tenho informações consistentes sobre os mesmos. Embora já saibamos que eles utilizam um tipo de FHSS. E também não vou falar dos módulos CORONA, que usam o método DSSS/DSM, só não sei como conseguiram licenciar...

Primeiro vamos expor as características de cada um, para depois explicá-las separadamente.
MarcaFutabaSpektrumAirtronicsXtremeLink
Modelos de rádioFutaba 7CSpektrum DX7Airtronics RDS8000Graupner MX-16
Tecnologia de TransmissãoFASSTDSM2FHSS/DSMJXPS
Canais7788
Faixa de trabalho2.4Ghz2.4Ghz2.4Ghz2.4Ghz
Quantidade de canais ocupados durante o uso512***2 (de 192)512***2x512***
Sistema de detecção de ruidos antes da transmissãoSimNãoSimSim
Sistema Anti-Burro*NãoSimNãoSim
Troca contínua de canaisSimNãoSimSim
Imunidade a Brown-outSimNãoSimSim
Tipo de memória de dados do receptorEEPROMFLASHEEPROMEEPROM
Tipo de memória de programa do receptorFLASHFLASHFLASHFLASH/ROM
Sistema de receptores adicionaisNãoSimNãoNão
Possibilidade de troca do Firmware do receptorsimnãonãosim
Sistema de antena duplaSimSim**SimNão
Programação do Fail-safe para cada canalSim, via RádioNão, via Bind PlugSim, via RádioSim, via Rádio
Processo de Ligação (Binding)Via botãoVia Bind PlugVia BotãoVia Botão
Quantidade de bits do sistema de identificação de modelos48bits32bits32bits****48Bits
Codificação de sinal analógico/digitalBINARY-PCM1024AD-PPMBINARY-PCM1024BINARY-PROPRIETARY
Resolução binária dos dados analógicos15-bit10-bit15-bit16-bit
Número de passos do servo3276810243276865536
Sistema de verificação de errosCRC
NENHUM
CHECKSUMSYN/ACK
Transmissão Bidirecional de dados/TelemetriaNãoNãoNãoSim
Velocidade de transmissão de dados256Kbps128Kbps256Kbps256Kbps
Chipset do TransmissorFUTABA FP9067 (4/6/7 canais) ou FP9072 (8/9/12/14) canais)ATMEL ATMEGA 668ATxmega 64a4 (FUTABA FP9067)Dallas DS89C420
Chipset do ReceptorFUTABA FP3208ATMEL ATMEGA328FUTABA FP3208Dallas DS89C420
Voltagem mínima de trabalho2.9v4.1v3.2v2.0v
Voltagem máxima de trabalho15v10v16v30v
Consumo de corrente150ma180ma160ma250ma

*Anti-burro - Sistema que evita seleção do modelo errado na memória do transmissor (ex. Spektrum Modelmatch)
** Através de satélites (multilink)
*** Os sistemas FAST, FHSS/DSMJ e XPS trocam continuamente de canal, sempre estão sendo usados no mínimo 2, mas a cada pacote transmitido ele troca para um canal que esteja mais limpo, num total de 512 canais utilizáveis. O sistema XPS utiliza sempre 4 canais, 2 para transmissão e 2 para recepção
**** Na verdade, os sistemas airtronics também usam 48bits de dados, porém os dois primeiros bytes são sempre formados pelos caracteres ASCII "A" e "T", liberando assim apenas 32bits para uso.

Agora vamos à explicação comparativa das características mais importantes.

1 - Quantidade de canais
Neste quesito, levou vantagem o rádios Airtronics e XtremeLink pelo fato dos mesmos possuirem 8 Canais, embora internamente o Airtronics RDS8000 seja praticamente igual ao Futaba 7C, eles utilizaram o 8º canal. Lembrando que isso não necessariamente define que um rádio seja melhor que outro, embora geralmente quanto mais canais, maior o número de mixagens disponíveis, e isso geralmente facilita muito a vida na hora de eliminar tendências indesejáveis dos aeromodelos.

2 - Faixa de trabalho
Todos os rádios comparados estão na mesma faixa de trabalho, evitando-se assim comparações injustas com os rádios de 72Mhz. A faixa de 2.4Ghz é utilizada por oferecer maior imunidade natural a interferências, explico, a maioria das interferências comuns (TV, Rádio, Radio Amador,  Motores elétricos escovados, Motores automotivos, Redes elétricas, raios e etc) ocorre na faixa que vai de 50Mhz até 1.2Ghz, qualquer transmissão feita acima desta faixa está naturalmente imune a estas interferências comuns. Porém, esta faixa de freqüência também apresenta algumas desvantagens, como por exemplo o efeito sombra, normalmente uma transmissão de rádio atravessa quase qualquer coisa (árvores, casas, carros, pessoas, animais, chuva e etc.), porém na faixa de 2.4Ghz (e similares), basta uma "coisa massiva" qualquer para bloquear o sinal. Até mesmo chuva ou uma parede de madeira pode atrapalhar ou até mesmo bloquear completamente o sinal. Portanto, evitem usar sistemas 2.4Ghz onde não se tenha visada direta com o avião. Também deve-se sempre levar em consideração a enorme quantidade de dispositivos operando na faixa de 2.4Ghz, como por exemplo, sistemas de transmissão de dados wireless (802.11B/G/N), telefones sem-fio, teclados e mouses sem fio, telefones celulares e etc., o que com certeza acaba congestionando o espectro nesta faixa.

3 -Tecnologia de transmissão
Futaba FASST (Futaba Avanced Spread Spectrum Technology) - Tecnologia de transmissão dos rádios Futaba, caracteriza-se pela utilização de transmissão de dados 100% digitais em troca contínua de canais, assim como identificação dos canais com nível de sinal ruim. Tem como vantagem a quase imunidade a interferências a grande quantidade de rádios transmitindo simultaneamente (192). A desvantagem fica por conta do delay em caso de perda de sinal, geralmente o sistema leva cerca de 1 segundo para detectar o sinal novamente. O Alcance médio fica em torno de 1.5 Milha. (2Km)

JR/Spektrum DSM2 - Tecnologia de transmissão dos rádios JR/Spektrum, caracteriza-se pela utilização de transmissão de dados em blocos (Cabeçalho+Sinal PPM digitalizado+Número Modelmatch) em dois canais aleatoreamente fixados no momento em que o rádio é ligado. O Número modelmatch faz uma sincronização entre a memória do modelo no rádio e o receptor no momento do processo de binding, evitando-se assim que se escolha o modelo errado na hora de voar. Tem como desvantagens a possibilidade de erro na transmissão (visto que não há checagem de erros de pacote), possibilidade de erro do número modelmatch devido a falhas na transmissão de dados (o que gera a famosa perda de binding que ocorre em alguns rádios Spektrum), a baixa resolução de movimento dos servos (1024, devido à digitalização do sinal PPM em 10 bits) e a baixa quantidade de canais disponíveis, o que limita o número máximo de rádios em uso.. (cerca de 80). O Alcance médio fica em torno de 1 Milha (1.6Km)

FHSS/DSMJ - Tecnologia de transmissão dos rádios Airtronics/JR DSMJ - Tem as mesmas características do sistema FASST da Futaba, porém os dois protocolos diferem em informações no cabeçalho de transmissão, o que impossibilita que um receptor Futaba funcione com um rádio Airtronics ou JR DSMJ. Porém o contrário acontece! Um receptor Airtronics funciona perfeitamente com o rádio Futaba FASST ou ainda com o JR DSMJ. A diferença é que no cabeçalho do Futaba os dois primeiros bytes de informação contém uma informação CRC para que se possa calcular a integridade dos dados. Logo, apenas o receptor Futaba sabe identificar isso. Nos rádios Airtronics os dois primeiros bytes de informação contém as letras "A" e "T", possivelmente identificando que é um rádio AirTronics... O Protocolo DMSJ é o mesmo protocolo FHSS, a JR foi obrigada a utilizar a tecnologia FHSS no Japão, pois a legislação de lá não permite que se "trave" um canal na faixa de 2.4Ghz, o que impossibilitou o uso da tecnologia DSSS/DSM2. A Futaba também tem um rádio em FHSS puro, o Futaba 4YF FHSS. Outra vantagem dos rádios AirTronics é seu custo, geralmente muito baixo. As desvantagens do FHSS/DSMJ são as mesmas do protocolo FASST e o alcance também é de cerca de 1.5 Milhas (2Km)

XPS - Tecnologia de transmissão dos Rádios Graupner XtremeLink, caracteriza-se pelo fato de utilizar uma grande banda de dados (256Kbps) e ser totalmente bidirecional, de forma a garantir sempre o melhor sinal possível. As vantagens são que os rádios na verdade transmitem (e recebem) em um protocolo bem similar ao TCP/IP utilizado por computadores. Normalmente na própria tela do rádio são mostradas informações como Nível de Sinal, voltagem da bateria do receptor e temperatura do receptor (telemetria). Com módulos adicionais de telemetria obtem-se informações completas sobre o vôo (altitude, direção, velocidade, temperatura externa e interna, etc). A checagem dos dados é feita pelo uso da tecnologia SYN/ACK que garante integridade dos dados e alta velocidade de transmissão dos pacotes. A única desvantagem deste rádio é seu custo... O Alcance fica na casa das 5 Milhas (8Km)

4 - Sistema de Verificação de erros
CRC - do inglês Cyclic redundancy check, ou verificação de redundância cíclica é um código detector de erros, um tipo de função matemática binária que gera um valor expresso em poucos bits em função de um bloco maior de dados, como um pacote de dados, ou um ficheiro, por forma a detectar erros de transmissão ou armazenamento. O CRC é calculado e anexado à informação a transmitir (ou armazenar) e verificada após a recepção ou acesso, para confirmar se não ocorreram alterações. O CRC é popular por ser simples de implementar em hardware binário, simples de ser analisado matematicamente, e pela eficiência em detectar erros típicos causados por ruído em canais de transmissão.
Checksum - Método de checagem de dados através de somas. Isto é feito calculando a soma de verificação dos dados antes do envio ou do armazenamento deles, e recalculá-los ao recebê-los ou recuperá-los do armazenamento. Se o valor obtido é o mesmo, as informações não sofreram alterações e portanto não estão corrompidas. Formas mais simplificadas destas somas são vulneráveis por não detectarem algumas formas de falha. A simples soma dos valores dos caracteres por exemplo é vulnerável a troca de ordem dos mesmos pela comutatividade da soma.

SYN/ACK - Método para verificação de dados onde o receptor transmite para o rádio uma aceitação de pacote, indicando que os dados chegaram ok... Funciona mais ou menos assim: O rádio (A) inicia uma conexão enviando um pacote SYN para o receptor (B) indicando que o seu ISN = X: A ->  B SYN, seq de A = X  B recebe o pacote, grava que a seq de A = X, responde com um ACK de X + 1, e indica que seu ISN = Y. O ACK de X + 1 significa que o host B já recebeu todos os bytes até ao byte X e que o próximo byte esperado é o X + 1: B -> A ACK, seq de A = X, SYN seq de B = Y, ACK = X + 1. A receber o pacote de B, fica sabendo que a sequência de B = Y, e responde com um ACK de Y + 1, que finaliza o processo de estabelecimento da conexão: A  -> B ACK, seq de B = Y, ACK = Y + 1


Todos são métodos eficientes para checar dados em transmissões de baixa velocidade como as aplicadas pelos rádios. O Mais eficiente é o método SYN/ACK, porém, este só pode ser aplicado a sistemas bidirecionais, então para os sistemas mais simples, sobram os métodos CRC e Checksum. A JR/Spektrum preferiu confiar totalmente na qualidade de transmissão de seus dados, de modo que os radios JR/Spektrum só descartam um frame se ele chegar incompleto. Também é um método +- confiável, mas pode causar falhas rápidas de comando, os famosos glitches (que causam aquela sensação de que o avião às vezes não responde direito ao comando dado...).


5 - Tipo de memória do receptor
O tipo de memória do receptor é importante de se saber. Vou explicar de forma simplificada pois o assunto é bem técnico e é muito discutido entre os profissionais da área de eletrônica digital... Dependendo do tipo de memória, ela é mais ou menos confiável. Normalmente, as memórias eeprom são mais confiáveis para guardar dados do que as memórias flash, pois as memórias eeprom demandam um complexo método de gravação (por meio de códigos de programa em blocos), enquanto as memórias flash podem ser apagadas por falhas na alimentação, elas são gravadas por bits que habilitam ou desabilitam a entrada de informações e por um bus de dados comum. (geralmente esse é mais um motivo para a perda do bind em rádios JR Spektrum, pois seus receptores gravam os dados de binding em memória flash (interna ao microcontrolador do receptor)). Em tempo, a gravação de memórias eeprom está mais para a gravação em um HD de computador, enquanto a memória flash trabalha de forma mais parecida com uma memória RAM. As memórias flash, por também serem baseadas no conceito de microcapacitor, também podem ser alteradas por radiações....

6 - Resolução binária dos dados
Esta é uma característica que define a maciez e a precisão do movimento do servo em relação ao movimento dos sticks. Quanto maior a resolução binária, maior o número de passos (posições) que o servo tem em seu movimento. Conforme visto, existem rádios de 10, 15 e 16 bits, procurem sempre o de maior resolução, pois isto pode fazer a diferença entre um rasante colado ao chão e avião no chão ao tentar fazer um rasante colado ao chão...


7 -Voltagem Mínima de Trabalho
 É a voltagem mínima onde o receptor continua funcionando, ou seja, caso a bateria fique sem carga, até onde o receptor continua funcionando. Quanto mais baixa a  tensão de trabalho, melhor. Geralmente, uma bateria descarregada fica com a tensão na casa dos 3.4v, ou seja, se um receptor não puder funcionar nesta faixa de tensão, é indício de que ele vai parar de receber sinal no caso de descarga repentina da bateria.

8 - Sistema Anti-Burro*
É uma tecnologia que impede que se selecione o modelo errado no rádio, de modo a evitar comandos trocados. É uma tecnologia que ajuda, mas um pouco de atenção resolve!!!!! De qualquer modo, esta é uma tecnologia que traz vantagens e desvantagens, a vantagem é salvar o modelo em caso de seleção incorreta da memória do rádio, a desvantagem é que às vezes a memória do rádio (nos modelos que usam memória flash) pode ser corrompida e com isso perde-se a identificação do modelo no meio do vôo, derrubando assim o avião por "perda de binding". Ou seja, no fundo há bens que vem para o mal... :P


Vídeos com comparativo de interferência de sinal (Em Bancada)

Futaba FASST


Spektrum DSM2

XtremeLink XPS
 

Visão Geral do funcionamento dos sistemas 2.4Ghz


No mais, é isso!! Comparem os rádios utilizando a tabela e os vídeos mostrados acima. Não vou opinar sobre qual rádio é melhor ou sobre qual é pior. Apenas comparem e tirem suas próprias conclusões. Em caso de dúvidas, podem usar o e-mail (através do blog) ou usar os comentários. Aliás, espero ver muitos comentários pois este é um assunto polêmico e atual, que anda perturbando a cabeça de todo mundo que quer comprar um rádio...

Espero ter ajudado!

Abrações, Abraços e Abracinhos a todos!

Lenha(s) da semana...

Finalmente, desta vez as lenhas da semana não são protagonizadas apenas pelo Reges (que sempre dá o azar de ser fotografado na hora.

Vamos às lenhas:

Zé Carlos e seu pastinha (deu pena, esse tava lindo lindo, novinho novinho). Aileron invertido, dá nisso...

Wesley e seu Coyote... Esse não deu dó não... Tava ruim pacas de voar..

Peixoto e seu Eagle, depois de descobrir que avião voa mas não é passarinho, e por isso não pousa em árvores!!! (As arverez semos nozes!!!!)


Fatos & Fotos deste Domingo... (23/05/2010)

Foi um fim de semana de excelentes vôos e algumas quedas na nossa pista da "M" Norte. Como sempre, tivemos a ilustre presença de vários aeromodelistas, alguns novatos, outros nem tanto, alguns novatos no grupo mas todos com o mesmo desejo: VOAR...

As fotos de hoje foram tiradas pelo fotógrafo oficial da pista: O Irlândio, visto que eu desanimei na hora de bater as fotos...

Lamentamos também pelo pequeno acidente acontecido com o Cláudio (o primeiro da pista), onde o atropelamento pelo avião do Wesley (pilotado por mim) levou-o a tomar uns pontinhos na perna (eu acho que foi um ponto só...), mas semana que vem ele tá de volta, voando novamente... A todos, fica o aviso: Na hora do pouso, sempre gritar alto que vai pousar, e como segundo aviso NUNCA FICAR NO MEIO DA PISTA!!!

Agora, vamos às fotos

Irlândio mostrando toda a graça de uma garça, na hora de jogar o avião elétrico...
Destaque para o dedinho...

Futuro aeromodelista... Esse menino tá todo fim de semana na pista e desta vez ganhou uma cópia do Aerofly, pra aprender a voar...

Irlândio e seu motoplanador

Reges e seu tucano quase shock flyer
"Esse só voa na faca..."

Rodrigo e seu Avistar, marcando presença novamente. Destaque para a sua primeira decolagem...

Wesley e seu coiote

Reges e seu Sukhoi Su-27

Xii, esse aqui vai me matar, esqueci tanto o nome dele quanto o nome do avião, mas voa muito!!! (Tanto o piloto quanto o avião) Fez um pouso lambido com louvor!

João Microvôo e seus dois aviões, finalmente aprendendo as nuances de um bom vôo

Fusca 40 do Tabajara, voando muito bem com o motor doado pelo nosso ilustre Peixoto

Foto rara: Tabajara nunca sai pilotando nas fotos, mas desta vez saiu!! E foi pego no flagra voando um tucano elétrico!!!  Também sairam na foto o Marcelo e o Márcio

Peixoto e seu Eagle da Great Planes, outro clássico da pista... (Peixoto é esse que tá agachado procurando uma mola), ao fundo o Albatroz do Marcelo...

Aviões do José Carlos, construtor... Elétricos: Cessna, Tucano, Tucano, e Cherokee, ao fundo outro Cessna, e o pastinha glow...

Não tive tempo de perguntar o nome deste rapaz, mas de qualquer forma é muito bem vindo! Seu vôo com os T-Rex é muito bonito!

Mais um T-Rex, desta vez 500 (Como sempre, Irlândo babando com um)

João, consertando um avião...

A todos os que compareceram, fica aqui o nosso muito obrigado! E até sábado, quando estaremos novamente reunidos para voar... 

Para aqueles cujos nomes foram esquecidos na hora da postagem, fica a dica: Se cadastrem como seguidores do blog e mandem mensagem pra mim que eu altero a postagem... Aliás, o espaço de seguidores serve pra isso e também como meio de comunicação entre os aeromodelistas do grupo. Procurem se cadastrar, assim fica mais fácil se comunicar com todos.

Abrações, Abraços e abracinhos a todos!